8 de março de 2010
Até quando é "Graças a Deus"
Olá nobre leitor. Hoje venho-lhe trazer mais um post crítico de nossa tão amada comunidade. Como estes são os primeiros posts e os determinantes da vida do mesmo procurarei usufruir de meu conhecimento, afim de criar expectativas para futuros artigos polêmicos.
O tema de hoje é conhecido por muitos, porém poucos possuem ideias acadêmicas do mesmo. Trata-se das inúmeras vezes que algum ser humano, qualquer, consegue fazer algo grandioso ou quando simplesmente estás dialogando com outro indivíduo, o cidadão lembra-se de dizer "Graças a Deus", um termo comumente popular que perdeu o foco na Idade Contemporânea. "Mas é algo tão comum...", o caro leitor afirma. De fato, é. Entretanto, a sociedade está tão presa aos dogmas cristãos que prefere responsabilizar seus grandes feitos há um ser inanimado, em vez de si mesmos.
Já vou afirmando que não sou cristão, ateu idem. Sou Agnóstico escandinavo (Uma mistura de Agnosticismo - um meio termo entre o acreditar ou não, com suas várias ramificações - com adoração das histórias da Mitologia Nórdica). Todavia, não sou um ente das trevas (afirmação direta de qualquer cristão leigo, visto que não estuda teologia e prefere usar a discriminação para afastar o que é desconhecido), apenas uso os prós da razão e religião e crio um elo entre ambas às polaridades.
Mas vamos ao que interessa! Pelos meus estudos do Cristianismo (são pouco, eu confesso), esses provêm de filmes medievais, no entanto muito bons - gostaria de abrir uma nota: É incrível como filmes conseguem nos dar uma ideia genial do cristianismo e a Igreja Moderna o descarta, veremos mais adiante -. Ainda me lembro do dialogo entre Pelágio e Arthur (Rei Arthur), que gostaria de transcrever:
— Venha. Veja isto Arthur. Jovens cavaleiros. Se desejar, um dia poderá liderá-los, como fez seu pai antes de você.
— Eu serei seu comandante?
— Sim. Mas com esse título virá uma responsabilidade sagrada de proteger, de defender, de valorizar a vida deles acima da sua própria. E caso morram em batalha, viver uma vida gloriosa em honra a memória deles.
— E quanto ao seu livre-arbítrio?
— Sempre sobra para alguns o sacrifício pelo bem da maioria. O mundo não é um lugar perfeito, mas talvez pessoas como você, Arthur, como eu e eles possam torná-lo melhor.
Pelágio para Arthur, no filme 'Rei Arthur'
Assim sendo, a ideia geral é o Livre-Arbítrio. Deus criou o mundo, o homem e deu-lhe o Livre-Arbítrio, este está livre para fazer o que bem entender sem intervenção divina. Ótimo. No entanto, a Igreja atual insiste em pregar a Teologia da prosperidade, que convém dizer ao homem ser bem sucedido financeiramente caso seja fiel a Deus. Concluindo, a afirmação abre duas perguntas:
1° Se o homem for bom, terá riquezas. E quanto ao Livre-Arbítrio? Visto que Deus estaria interferindo na liberdade humana.
2° Seria a Teologia da Prosperidade a criadora da pronúncia "Graças a Deus", já que esta está vinculada aos bens humanos como um todo?
Diante dos argumentos propostos, levo a concluir apenas que o Cristianismo é tão ramificado em doutrinas, que seu real objetivo - o qual nem sabe-se mais por conta do mesmo fator - foi perdido há tempos. Digo isso porque a ICAR possui seus dogmas; a Luterana seus princípios; a Calvinista suas ideias; a IURD sua tão aclamada evangelização, etc. Logo, a árvore possui tantos galhos que não consegue-se chegar no tronco.
Obrigado por lerem minhas críticas, despeço-me com um ótimo dia. Até breve, nobres leitores!
No geral achei sua postagem contextualizada. Mas não concordo em algumas partes. Quando você afirma: "É incrível como filmes conseguem nos dar uma idéia genial do cristianismo e a Igreja Moderna o descarta". É você que torna a idéia genial. Você poderia simplesmente não acreditar nos filmes e acreditar nos atual concepção da igreja. Esse trexo mostra um pouco de imaturidade nos seus pensamentos (desculpa a sinceridade), embora no decorer da postagem você seja brilhante.
ResponderExcluirE... Quando você diz: 'a igraja atual", a que igreja você se refere? Existem muitas igrejas com diferentes princípios. Faço essa pergunta, porque não obtive um entendimento completo sobre sua posição, embora você tente mostra isso no final da postagem.
Queria deixar claro que não tenho uma religião específica, apenas busco o que acho mais interessante em cada uma (obs.: conheço poucas).
Se o autor desta postagem, não tiver gostado de minhas críticas, ou queira esclarecer algo, pode me manda um e-mail para: amandarogue@hotmail.com
Bem, com relação a minha falta de experiência sobre o assunto em um todo, eu sabia. Obrigado por apontar esse defeito, pois são com críticas e sugestões que desenvolvemos nosso conhecimento. No entanto, eu torno a ideia dos filmes geniais por serem, digamos, interessantes. O Livre-Arbítrio, como foi dado de meu exemplo, e uma forma igualitária, pois o homem pode fazer o que bem entender sem precisar ser se preocupar em ser julgado por uma força maior, claro que isso abre brechas para a criminalidade, infelizmente.
ResponderExcluirA Igreja que me refiro, primeiramente, é a cristã em sua totalidade, sem incluir os diferentes dogmas, porque a mesma possui algumas relações em comum com suas "ramificações", por assim dizer. As relações seriam, como exemplo, proibir o sexo antes do casamento ou que a pessoa deva manter um estilo visual padrão, sem poder se auto-customizar. São coisas que não se tolera, eventualmente. A Igreja Atual seria essas todas, incluídas, ao menos em minha teoria.
Novamente, gostaria mesmo de agradecer a visita e pelo comentário. Isso anima a escrever mais e, com sua crítica feita de forma construtiva, posso escrever melhor e pensar melhor. Muito obrigado, e espero que volte mais vezes para ver novidades.
Obrigado pelos esclarecimentos.
ResponderExcluirDash, Como falei com você em particular.. em breve eu comentaria algumas de suas opiniões, mas aos poucos visto que estou sem tempo.
ResponderExcluirComo você já sabe, sou cristão protestante, mas não sou um alienado (Sim, existe esse preconceito) e sei da interferencia do homem no sagrado.
- Vamos, lá. Você inicia falando sobre o termo "Graças a Deus", pois bem, esse termo é comumente utilizado em diferentes ocasiões e hoje já está até banalizado. O termo em si caracteriza um "agradecimento" a Deus, visto que, segundo o pensamento cristão,
Deus (criador de céus e terras) merece toda honra e glória por sua criação. O termo não caracteriza uma interferência divina no cotidiano (como alguns acreditam), mas até um possível interferencia divina, dependendo de seu grau (é claro), não determinaria um agressão ao Livre Arbítrio, concorda?
- A segunda parte, tem um fragmento de um filme. Eu não diria que filmes são boas fontes de pesquisa para se basear. Pois bem: O livre arbítrio. Eu poderia falar muito sobre ele, mas não tenho tempo nem espaço. O livre arbítrio é a oportunidade dada por Deus a cada indivíduo escolher o que quer fazer e seguir, essa oportunidade, porém, não impede Deus de julgar os atos humanos. A escolha é livre, mas sempre há uma consequencia.
- Quanto a Teologia da Prosperidade falo o seguinte: Deus de fato pode recompensar os humanos por suas atitudes na Terra, mas NÃO COMO A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE PREGA.
A Teologia da Prosperidade diz que um verdadeiro cristão, um verdadeiro abençoado, é aquele bem sucedido financeira, espiritual e em seus relacionamentos. Esse ponto de vista é ignorar totalmente o fato de que Jesus, o ápice do cristianismo, teve origem pobre, sofreu com seus relacionamentos e FOI TRAIDO POR UM DE SEUS AMIGOS. Isso se contrapõe ao mundo idealizado da Teologia da Prosperidade.
Encerro meu comentário falando sobre a religião cristã.
A religião é falha, pois tem participação humana. O pensamento cristão não nos diz para sermos religiosos (homens "religiosos" mataram Jesus). O pensamento cristão nos diz apenas para seguirmos, tentar sermos, com Jeová. Admitindo porém nossa condição pecadora de humanos. E isso independe de dogmas estabelecidos por Igrejas ou Santas Inquisições. Optei pelo protestantismo pois acho que é o que mais se aproxima do pensamento cristão original, o da Palavra, apesar de, como eu disse, a religião tem participação humana e NUNCA será perfeita.
Obrigado pela oportunidade.
Fique bem, amigo.
;)
@Anônimo Disponha. (:
ResponderExcluir@T Mileto! Caro Mileto, quando eu disse que ficaria feliz de ver seus comentários dentro de meu blog, não foi para fazer pressão para comentar. hehehe! Sempre que sentir vontade de comentar em algum post, faça isso no momento em que for-lhe mais confortável, não quero que se sinta obrigado a comentar apenas porque é meu amigo.
Apenas gostaria de parabenizar pelo seu ótimo comentário, visto que estava sem tempo. Eu o li inteiramente, até duas vezes. Porém, não fico a cargo de contra-argumentá-lo, pois estou meio sem tempo no momento (como você) e se sair agora, vai sair uma bagunça. XD
Talvez depois, assim que as coisas acalmarem por aqui, eu posto minha opinião acerca do assunto delicado que é o cristianismo, mas por favor não faça isso novamente. Queremos ver 100% de sua capacidade aqui. rs
Um abraço.