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23 de abril de 2010

Pais tóxicos - O inferno dentro de casa

Postado por Unknown às 01:54 Marcadores: Medo , Pais , Todos
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Saudações leitores. Continuando com a Primeira Temporada dos novos posts, abortando uma nova polêmica. Os pais tóxicos, como são chamados pela psicologia moderna. Antes de mais nada, trarei-lhes uma rápida definição do assunto, pois acredito que muitos não saibam o significado da mesma.

Pais tóxicos são, antes de mais nada, aqueles responsáveis que humilham o filho diante de qualquer evento. Seja esse particular ou em público, verbal ou fisicamente. Mas isso é normal de qualquer pai, o leitor afirma. Sim, no entanto é errado, pois causará problemas na criança posteriormente.

Matéria da ISTOÉ n° 2104, e pelo qual me interessei, porque o meu pai - mesmo possuindo todas as qualidades de um bom homem - se encaixa perfeitamente nas características de um pai tóxico. Já sofri humilhações na infância e ainda sofro por fazer o que gosto, simplesmente por não estar "dando lucro" ao mesmo. Na reportagem da revista, essa cita casos diversos.

"Quando as agressões vêm de pessoas como um cônjuge, ou até mesmo um chefe, é possível pedir divórcio ou demissão. Mas se a crueldade está dentro de casa, o que fazer?"
Suzane G. Frutuoso, repórter de IstoÉ

Vale ressaltar que isso não é uma sepultura ao modo de qualquer pai educar as suas crianças, todavia agir com agressividade, principalmente humilhando a criança, é algo imperdoável que o filho(a) levará para o resto da vida, cicatrizado em sua alma. Sempre defendi um modo simples, através do tão conservador diálogo, uma forte maneira de persuadir a criança a fazer o que queremos, sem abusar de autoridade excessiva.

Quando li "A Menina que roubava livros", lembro-me de que Liesel Meminger sofria agressões verbais e físicas da mãe adotiva (Rosa Hubermann), em contrapartida, seu pai adotivo (Hans Hubermann) era atencioso e, para não dizer menos, um "amigo que possa sempre contar". O fato era, quando Liesel indagou que odiava o Führer em frente ao pai, o mesmo deu um tapa em seu rosto, e pediu para que nunca mais mencionasse isso em público. Aquilo, segundo a história, foi mais dolorido que a hostilidade de Rosa. Agora, reflitam comigo: Digamos que você seja um "Hans" com seu filho, aquele "pai dos sonhos", e algum dia resolve punir seu filho com uma simples bofetada por um certo erro do mesmo, acredita que esse irá repetir o ocorrido? Um ato de desgosto por aquele a quem "ama" doí muito mais do que agressões morais, por assim dizer.

Diante do que foi dito acima, exponho meu ponto de vista, mostrando que é melhor ser um bom pai do que ser agressivo em prol do filho. A segunda opção abre uma horrível exceção na educação da criança: Ela aprenderá, mas passará a te odiar. Exemplos: A ISTOÉ apresentou muitos, como expulsões (Paulo César Nascimento fora expulso de casa por revelar ao pai que era homossexual), juramentos convictos (Constance Briscoe jurou nunca mais falar com a mãe. Cumpriu a promessa. Escreveu um livro sobre sua infância turbulenta), suicídios (A criança recebendo a agressão de quem a ama, mostrará que a mesma não é boa para nada, fazendo-a entrar em depressão) e outros.

Abrindo um espaço para criticar a ação de meu pai: Ele é um bom homem, batalha pelo que quer. Mas, ser um bom homem não quer dizer, necessariamente, ser um bom pai. É fato que o mesmo trabalha exaustivamente, no entanto poderia ser mais afetivo? O que custa tratar-me da mesma forma com que trata as várias namoradas dele? Depois quando vê-me zangado, queixa-se como se a culpa fosse minha. "Ah, mas é para o bem seu", pouco importa, poderia mostrar o "bem", algo tão subjetivo, de forma mais suave, e não agressiva. Gostaria também que não ficasse humilhando-me na frente de seus amigos, indagando que eu não presto e que iria me jogar na rua...

Antes de finalizar, gostaria de fazer um apelo à todos os pais que me leem: Não é necessário tratar os seus filhos dessa maneira. Procurem se informar de métodos mais justos, e detalhes como "Aê campeão", "Esse é meu garoto", contar histórias para dormir, dar ótimos conselhos aos seus filhos só melhoram a convivência, talvez eu até "amasse" o meu pai caso fosse assim... Enfim, desejo uma ótima noite aos meus leitores. Obrigado por visitarem, e espero que tenham achado o que procuravam. Até a próxima!

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5 comentários :

  1. Anônimo23 de abril de 2010 às 21:44

    Nenhum pecado que seu pai tenha cometido é forte o suficiente para destruir a sua capacidade de amá-lo incoondicionalmente.Mesmo doendo por dentro.
    Abraços.
    Deka.

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  2. Unknown29 de abril de 2010 às 10:15

    @Deka Eu sei. Eu o amo, mas seria mais vantajoso, para ambos os lados, se houvesse harmonia.

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  3. Anônimo6 de outubro de 2011 às 23:37

    Eu entendo o que vc passa. Eu sou humilhada não apenas por um, mas pelos dois. E acho que não existe este amor incondicional entre pais e filhos em todas as familías. Acho que o amor tem q ser construído.
    O ruim são as consequencias q estas humilhações trazem para a vida no nosso cotidiano e no jeito de nos comportar diante de várias sitações.
    Assim como seu pai, meus pais tbm são pessoas boas, mas não puderam me dar uma educação apropriada, sempre me agredindo verbalmente.
    Hj sofro de depressao e estou fazendo terapia. Quero superar tudo isso. Mas não se culpe pelas coisas q vc ouve. Faça coisas q vc ame sem culpa. Tente ser responsável pela sua propria felicidade. Fique bem!

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  4. Unknown13 de outubro de 2011 às 19:04

    Obrigado anônimo pelas suas palavras. Acredito que já resolvi esse meu problemacom meu pai, e com o tempo, acredito que possamos superar todas essas diferenças.

    Preciso voltar a atualizar esse blog. Lamento pelo tempo parado.

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  5. Anônimo27 de outubro de 2011 às 20:12

    Eis minha sugestão: Ame-se e baste-se a si mesmo. Não espere isso de ninguém, nem mesmo de seus pais, pois infelizmente algumas pessoas não sabem amar e não estão interessadas em aprender e quando estas pessoas se tornam pais frequentemente consideram seus filhos um estorvo. Muitas vezes não deixam isto totalmente claro pois seria inaceitável socialmente, mas tornam a vida do filho um inferno cotidiano. Sei muito bem como é isto! E sei também como é estar dos dois lados pois também sou pai de pessoas já adultas. Ser pai é aprender o TEMPO TODO. Aprender o que? Aprender a ser pai pois isso também tem que ser aprendido. Mas requer amor e boa vontade, coisas que nem todos tem. à você que não se acha amado por seus pais, aconselho a se lembrar da frase: "QUEM NÃO ME QUER, NÃO ME MERECE!"

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